domingo, 30 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Quando te vejo afastar



Quando te vejo afastar
Nesse teu tão meigo jeito,
Por dentro, estou a sangrar
Lágrimas caem do meu peito.

O calor torna-se frio
O sol vira tempestade
E, em mim, fica um vazio
Preenchido com saudade.

Saudades do teu olhar
Saudades do teu sorriso
Saudades de te abraçar
E de beijar-te de improviso.

Quando tu não estás aqui
Todo o meu mundo é saudade
E assim eu entendi
Qual é a minha verdade.

És importante p’ra mim
Muito mais do que eu queria
E queria ter-te aqui
Cada noite e cada dia.

Se tu pudesses ficar
Tão feliz sei que seria
Tão bom que era acordar
E viver nossa fantasia.

Mas não podes, é verdade,
Irás sempre ao fim do dia
E será sempre a saudade
Que me fará companhia.

Marco Gago

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Lágrima de Saudades



E mais uma lágrima
Ao canto do olho,
Presa do olhar parado
Noutros tempos
Brota súbita e cheia
De amor e saudade.

Rebentam contigo,
Ó lágrima apertadinha,
As palavras e os gestos de outrora
E tantos risos levados às lágrimas,
Para estampar no rosto
Que te carrega
Um sorriso com cheiro de jasmim
E tantos risos levados às lágrimas,
Para estampar no rosto
Que te carrega
Um sorriso com cheiro de jasmim
E música de Natal.


Clementina Santos

domingo, 23 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Saudades do porvir



Tanto há para ter saudade
Nas peripécias desta vida
Começando em tenra idade
À última das nossas missas.

Todas aquelas incursões
Vividas com primeiro encanto
E também as desilusões
Choradas em triste pranto.

A alegria da infância
Da adolescência a descoberta
Festins de encher a pança
De amizade; Co’a breca!
Dos que são de longa data
Daqueles que já partiram
Dos que nos criaram do nada
E fazer-nos conseguiram.

Tanto há para ter saudade
Nas peripécias do viver
Tudo aquilo que já passou
E tudo o mais que há-de vir.

O sorriso de um infante
Agarrada aos meus braços
Outro a crescer no teu ventre
Com votos de eternos laços.

Um lar para criar
Sociedade para intervir
Muitas ideias pra sonhar
E vidas pra colorir
Plantar felicidade
E em verdade sentir
Nada me dá tanta saudade
Como o qu’ainda está por vir!

Nuno Soares

P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada no primeiro poema de cada mês. O tema deste mês de Outubro é: Saudade. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras! 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Saudade


Saudade,
Da brisa fresca que tocou a infância longínqua
Do olhar inocente e sincero
De uma alma pura e alegre
Saudade, saudades
Das montanhas de alteza sublime
Do cantar do pássaro livre

Saudade,
Da proeza do espírito livre misturado de fragrâncias
Sem temperos
Sem ânsias ou desespero
Do verde da esperança
Da teimosia da perseverança

Saudade ou saudades…

Do singelo sorriso do sol ardente
Do luar latente
E da dor ausente

Do infinito universo
Do simples verso
De palavras soltas como ao inverso

Saudades,
Dos tempos
Em vão sem solidão

Saudade de ti em mim,
De mim em ti
Sem perdão
Deixo aqui as palavras
De gratidão.


Natalina Monteiro


P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada no primeiro poema de cada mês. O tema deste mês de Outubro é: Saudade. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras! 

domingo, 16 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Saudade


A saudade é passado,
De algo que não passou!
É a ausência do presente…
Cria distância no futuro,
Duma ambição já vivida,
É lembrança do que foi!
Poderá ser insucesso do agora,
Porque o passado morreu!
Resta-te apenas a lembrança,
Que a saudade te deixou!
Não esqueças nunca teu presente,
Porque o presente do passado
Já o passado levou.

Isabel Romão


P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada no primeiro poema de cada mês. O tema deste mês de Outubro é: Saudade. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras! 

sábado, 15 de outubro de 2016

Pó na Fita - The Goonies (1985)

Abramos o baú do saudosismo e recordemos as tardes de fim-de-semana da infância a ver “Os Gonnies” (para quem não teve a experiência, tente imaginar).

Numa era pré digital, num genérico subúrbio norte-americano, um grupo de amigos descobre um mapa do tesouro, sendo este o mote para uma fantástica aventura. O grupo, qual autêntica caderneta de cromos, é constituído pelo líder intrépido e inteligente, o puto rock n’ roll, o chinês das engenhocas e o gordinho de serviço. Juntam-se a estes o irmão que faz musculação e a sua namorada, mais uma amiga meio NERD.
Esta cartoonesca equipa defrontar-se-á com uma trupe de bandidos à moda antiga, liderados por uma velha má como as cobras, por entre cavernas, charadas, passagens secretas, esqueletos e um monstro ignoto. Um tributo ao desejo de aventura pura e aos amigos inseparáveis!

Uma súmula dos anos 80 do ponto de vista das crianças, num tom ora cómico, ora “aterrador”. Vale pela nostalgia que nos traz, fazendo relembrar os dias de brincadeiras e aventuras imaginadas (ou as tardes “desperdiçadas” a ver filmes e a ler livros de aventuras). Tem sobretudo a condão de nos fazer lembrar dos nossos amigos de infância e das suas particularidades. Enfim, para matar saudades!


P.S: - Agora temos a série “Stranger Things” que evoca precisamente este espírito da aventura infantil. Recomendo!


Rafael Nascimento

P.S.S: O "The Goonies" será o último Pó na Fita e o Opina quer agradecer ao Rafael por nos ter trazido o melhor do cinema vintage durante estes quase 3 anos de Fita! Podem ver e rever todos os episódios desta rubrica no separador "Autores" clicando em Rafael Nascimento. Mas não pensem que este término é uma despedida pois a Fita continua e já para o mês que vem o Rafael estreará no dia 15 uma nova rubrica intitulada "Som na Fita" dedicada a... logo vêm. 

Felizes Opinações!


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Saudades Tuas


Correram por meus olhos rios de mágoa,
Na hora eterna em que me abandonaste
E não sei se lava a alma nesta água,
Nem se afoga o dissabor que me deixaste

Morreram nos meus lábios as palavras
Que o coração teria pra dizer
Porque hoje eu acordei e já não estavas
Não estavas, e eu não soube o que fazer

Se agora ouvires dizer que anda pelas ruas
Um louco que dizem ser cego e mudo
Hás-de saber que são saudades tuas
Por levares esse amor que me era tudo

Há mais um louco que anda pela cidade
Chorando sem dar voz ao sofrimento
Esperando pelo dia em que a saudade
Lhe traga novamente o teu alento


Roberto Leandro


P.S: Este poema de Roberto Leandro foi musicado pelo músico Pedro Limpo e podem ouvir o resultado na sua página do Soundcloud aqui.

P.S.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada no primeiro poema de cada mês. O tema deste mês de Outubro é: Saudade. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras! 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Praxes

Mais um ano letivo se inicia. E como em cada um dos últimos anos letivos transatos, mais um ritual se cumpriu. Mas este, há muito que não é um ritual qualquer. É o ritual que aguça os sentidos de qualquer meio de comunicação social, sedentos por matérias que lhes rendam “algum” no final do mês, das polémicas que deixam famílias inteiras em terras, deixadas lá longe, com o coração nas mãos, o ritual dos abusos e das acusações, tecidas em forma da ponta de um dedo.

Mas não só.

É a receção aos novos alunos em cada instituição de ensino superior do nosso país, é a iniciação à tradição académica, é o despoletar de um caminho que ruma à conquista da independência, em que a família passará a ser aquela que se escolhe e que nos acolhe no destino de chegada.

Refiro-me, obviamente à praxe académica.


É complexo, atrevo-me a dizer que é controverso, definir a praxe académica em cada uma das suas vertentes, pois cada ato praticado no decorrer deste ritual de iniciação à vida académica, ou, caso considerem, ritual de receção aos novos alunos, depende do estado de alma, do bom senso e da consciência com que cada “praxante” o pratica. Mais ainda me atrevo a dizer que, os resultados obtidos na prática deste ritual estão igualmente relacionados com a capacidade dos alunos que se submetem ao ritual têm, para recusar a execução de qualquer ato que considerem abusivo, e para discernir um abuso de um ato que visa desenvolver a desinibição de cada grupo de alunos, abrindo assim espaço para a formação de laços que perdurarão durante todo o percurso académico, e toda a vida. Caso assim não seja, poderão ser graves as repercussões, resultando em sérios danos à saúde mental e física dos vários intervenientes, diretos ou indiretos.

Atente o leitor deste artigo que, quando nos referimos à “praxe”, referimo-nos a práticas que envolvem atividade física, que como em qualquer atividade que envolva movimento, implica riscos de quedas e machucados, e esforço mental, que envolvem um desenvolvimento psicológico acima do normal, de modo a clarificar a diferenciação adequada do que são as regras do jogo e do que são abusos psicológicos.

Ao longo dos últimos anos, assistimos a um conjunto de ocorrências, hipoteticamente derivadas do contexto de praxes. A primeira delas, relacionada com um ritual da Universidade Lusófona, em que várias vidas se perderam. A gravidade da situação foi o ponto de partida para que fossem travados debates, impostas proibições e implantados limites pelas entidades competentes. No decorrer dos vários incidentes, correta ou incorretamente relacionados com a praxe académica, também a Universidade do Algarve se viu envolta em polémica, quando no decorrer da praxe de um dos cursos desta universidade, uma aluna de uma das licenciaturas desta instituição abusou de substâncias alcoólicas e acabou por ser transportada para a unidade de saúde mais próxima. Foi praxe? Quiçá. Mas de uma coisa tenho a certeza: ninguém é obrigado a consumir seja o que for em contexto de praxe.


Reforço: “os resultados obtidos na prática deste ritual estão igualmente relacionados com a capacidade dos alunos que se submetem ao ritual têm, para recusar a execução de qualquer ato que considerem abusivos”.
Na sequência deste acontecimento, imediatamente relacionado com a praxe, muito pela influência exercida pelos media na opinião social, o ritual de praxe da Universidade do Algarve é sujeita a várias restrições, através de um despacho reitoral que, convenhamos, apesar de ser extremamente respeitável, provém de alguém que muito provavelmente nunca foi praxado e não entende o ritual.

Atente-se: Só entende este ritual quem se atreve a vivê-lo. E quem se atrever a vivê-lo, garanto, jamais o abandonará.

É nesta linha de raciocínio que, apesar do respeito que nutro pela personalidade e pelo cargo do Sr. Reitor da Universidade do Algarve, atrevo-me a discordar da decisão tomada, pois acredito que, muito poucos académicos da mesma geração tiveram a oportunidade de participar em semelhante ritual, impossibilitando-os assim de compreenderem a sua essência.
Ainda assim, considero os atos desrespeitosos tomados contra a entidade máxima desta instituição, de extrema falta de respeito e formação, partilhando da opinião de quem sabe responder sem agredir.

É neste sentido que o Conselho de Veteranos da Universidade do Algarve, até ao momento com uma atuação mais superficial, tomou nova força e, em conjunto com a Associação Académica da Universidade do Algarve, tomou novo rumo e ganhou novo sentido: A defesa da praxe académica, em toda a sua transparência e plenitude. 

Neste sentido, foram formadas equipas e criados cargos de liderança que, apesar de há muito existirem noutros pontos do país, na nossa casa ainda estavam por ocupar. Refiro-me ao cargo de Dux-Facultis, que me orgulho de ocupar este ano e que visa supervisionar cada local onde decorre o ritual de praxe numa única unidade orgânica de entre as oito da Universidade do Algarve.

Desta forma, e através desta supervisão, tentámos remar contra a maré, colocando em pontos estratégicos, vários representantes do referido conselho com o intuito de evitar a ocorrência dos abusos que até então causaram danos, ou que tenham sido proibidos por despacho reitoral. Tentando manter a maior imparcialidade que me é possível num assunto ao qual estou diretamente relacionado e chamando à atenção do leitor para o facto de que o presente texto é nada mais que um artigo de opinião – a minha opinião – considero que o trabalho de cada elemento desta equipa foi exaustivo e merecedor de louvor, pois varias foram as noites em claro ou as que muitos de nós deixaram o sono meio para socorrer a alguma situação menos adequada.

Apesar do trabalho desenvolvido, a academia continuou de luto. Não por matarem a praxe, pois considero essa luta inútil. Mas por nos tentarem tirar a nossa opção de escolha, por encurtarem a nossa liberdade e por nos fazerem pagar o mesmo preço de uma mercadoria que a maioria de nós nunca quis comprar. Neste sentido, e pela primeira vez na história, por decisão do Conselho de Veteranos, e da Associação Académica, em conjunto com as comissões de praxe desta instituição, o desfile académico apresentou-se à “cidade de cetim” com características que os que o conhecem desde há vários anos, não reconheceram, certamente. A academia vestiu-se de luto e gritou por liberdade através do silêncio. Para trás, ficou o orgulho dos novos estudantes na conclusão da sua primeira abordagem à tradição académica, os cânticos que exaltavam a alegria do início de uma nova etapa que, quase sempre, tem um impacto marcante na vida de cada um, as cores garridas que fomentam ainda mais o seu orgulho pelo curso escolhido, todo o sentido de uma tradição.

Chego ao final de mais esta semana de praxe, com o sentimento de dever cumprido e a convicção de que rumaremos em direção à vitória, ainda que tenhamos de contornar obstáculos e regulamentar procedimentos. Acredito que, com força e fé, mudaremos mentalidades e daremos continuidade a esta tradição que tantos condenam, mas que eu defendo.

E a quem me pergunta porquê, a minha resposta é breve: há seis anos atrás, pisei pela primeira vez esta cidade e o campus desta instituição. Não passava de uma criança assustada, sem orientação nem rumo a seguir. A primeira abordagem que me fizeram muitos daqueles que até hoje, são parte da família que aqui construi e que aqui me amparou, não facilitou a minha integração. Mas aquela foi apenas a primeira abordagem. Rapidamente percebi que aquelas eram as pessoas que, durante largos meses, e anos, estariam a ali para me dar a mão e para me dar o colo que precisasse, ainda que em forma de uma noite de copos, numa mesa rodeada de amigos. Se hoje os tenho comigo, digo certamente que a culpa é da praxe. Foi neste ritual que entendi que muitas vezes o sacrifício, não é o inferno que parece e que os mais duros serão para nós os maiores exemplos. Foi naqueles primeiros tempos, os da praxe, os tempos em que ri, em que chorei, em que sofri, mas acima de tudo em que sonhei. E para que não acha suficiente, sublinho que foi também na praxe que me apaixonei.


Hoje olho para a minha primeira semana de praxe nesta instituição, com o carinho de quem ao longo de uma semana, olhou para um par de sapatos e os aprendeu a amar.

Que num futuro próximo, nos seja permitido ter a liberdade de “praxar, onde é bom viver”.

Saudações Académicas,

Miguel Brito de Oliveira
(Orgulhosamente praxante)

domingo, 2 de outubro de 2016

Mês da Poesia: Nas Asas da Poesia - Desapego


Ai que saudades das formigas!
De antigas descendentes folhas
Dos cócos de pássaro e cantigas
De me cortarem para rolhas

Ai que saudades das raízes!
E daquela verde esperança
Quando eram tão petizes
Sempre à espera da bonança

Ai que saudades do caracol!
Que me mordeu quando cresci
Escorregou por mim ao sol
E nem sequer me mexi

Saudades em terra d´ouro
Frutos que arlequim comeu
E do estrume do besouro
Que meu ramo não esqueceu

Paulo D. de Sousa


P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada no primeiro poema de cada mês. O tema deste mês de Outubro é: Saudade. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras!