terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Nas asas da Poesia - De manhã ao acordar

De manhã ao acordar
Abro os olhos mas não vejo
Olhe eu pra onde olhar
Não encontro o que desejo.

Onde estou e pra onde vou
Na verdade, eu não sei
E a pessoa que sou
Com o tempo eu mudei

Mudei como toda a gente
Mudei mesmo o que não queria
De forma inconsciente
Mudei enquanto vivia.

O que a vida nos traz
É aquilo que vivemos
Coisas boas, coisas más
Com todas elas crescemos.


Marco Gago

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Feliz natal!

O Opina deseja a todos os seus leitores e colaboradores uma feliz quadra natalícia e uma entrada excelente em 2015!!!


Estaremos de volta assim que desentupirmos a lareira que teve alguns problemas técnicos. 

Até já,

Opina

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O ressurgimento de Ramp na escuridão da Toca

A edição do festival: RAMPAGE Fest Tour 2014 satisfez novamente as delícias dos tímpanos metaleiros do Minho. Os já míticos Ramp, banda nacional em atividade desde 1989, percursores do melhor que o metal “tuga” tem à disposição, picaram o ponto na TOCA (Trabalho de uma Oficina Cultural e Associativa), situada nas antigas salas de cinema do Bragashopping, em Braga.


A banda vimaranense de death metal Skinning e a banda do Porto Blame Zeus, já indiciavam que o concerto principal seria recheado de riffs e solos à old-school. Ao se apresentarem ao público com uma set-list estruturada, por um lado com o intuito de criar um ambiente metal underground, e por outro lado direccionada para o público de Braga, com o tema “Anjinho da Guarda” a ser tocado, uma readaptação do original de António Variações, natural de Amares em Braga, formando laços mais pessoais entre o público e a banda. Para além disto, o já esperado clássico “Alone” também se inclui no repertório.

No concerto principal o vocalista dos Ramp, Rui Duarte, igual a si mesmo, é bastante acolhedor e receptivo a um público bracarense com uma casa semi-vazia. Ao seu lado estava o Ricardo, solista do momento com semelhanças a Kirk Hammett dos Metallica. Com a ajuda de Tó Pica, as melodias de guitarra conjugam-se com a marcha da bateria de ritmo loud com seguimentos de blast beats, interpretada por Paulo Martins que completa o compasso com o baixista José Sales. A banda assim nunca nos deixa de bater com os tempos certos de uma onda heavy metal que jamais soa anacrónica.

Envolvido por um ambiente propício ao headbanging, com direito a crowdsurfing, para além de euforia suficiente para suscitar pequenos mosh pits, provenientes de quatro dezenas de pessoas. O cheiro a metal “fundido”, fosse do shredding das cordas de guitarras e de baixo, fosse dos pratos da bateria levantavam um aroma a rancor no ar que seguia a metralhada da banda. A qualidade dos Ramp como músicos, acompanhada pelo talento técnico dos operadores de som, luz, projecção deram um equilíbrio que se tornou uma vantagem para este tipo de evento. Esta banda provou que ainda é capaz de vingar e entreter um público alternativo, contrariamente ao esperado de um projecto musical que não produz nada de novo desde 2009.

Paulo D. de Sousa

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Pó na Fita - El Espinazo del Diablo

Estás farto de ver a saga “Sozinho em Casa” no Natal? Proponho um filme de mórbidos mistérios, enquadrado num orfanato em plena guerra civil espanhola.

A ação do filme gira em torno de Carlos, os órfãos companheiros, seus perceptores, um fantasma e uma bomba. Confusos? Não! Pura trama de mistérios profundos e segredos mortais. Enraizada nos nossos medos infantis - separação/perda dos pais, escuridão, fantasmas, adultos violentos - é uma verdadeira ode à coragem das crianças. Um filme sobre vencer o medo num mundo cheio de adversidade. Uma reflexão sobre os traumas de uma sociedade em convulsão.

Um desconhecido filme de 2001 do agora célebre Guillermo del Toro, com laivos de terror (mas não muito) e bastante suspense. A sua câmara encaminha-nos pelos corredores do orfanato, pelos meandros das relações humanas e sobrenaturais que se estabelecem nas suas paredes. Os atores juvenis, o cerne desta obra, entregam-se com naturalidade aos seus papéis. O elenco senior acompanha e reforça todo a tonalidade negra e oculta do filme, destacando que o verdadeiro terror é personificado pelos Homens.


O maior terror deste Natal 2014 não será o Grinch! Provem então um pouco do licor fantasmagórico do “El Espinazo del Diablo”. Acompanhem depois com “O Labirinto do Fauno”, que combina bem.


Rafael Nascimento

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Nas asas da Poesia - Passou-se o mês de Agosto

Agora estamos no Inverno
A natureza murcha e musgo
A fruta encolhida no chão
A Pega-rabuda, o pássaro

A voar livremente até pousar
Numa cerca que não separa
Nada entre a vida e a estrada
Metáforas ainda por alcançar

Os galhos secos com frio
A estalarem em sequência
As árvores nuas no rio
Mostram-nos a sua essência

Não morrem mas param
Não crescem mas travam
Não ficam verdejantes como d'antes
E congeladas ficam errantes

Esperando pela Primavera
A época do desabrochar
Não é como a quimera
A realidade do acordar

Correntes de frios
Que nos prendem
De fios a pavios
Não nos mentem

E ponderar algo mais
Seria acabar num lago
Onde se nada em círculos
Num lugar inabitado

A pega-rabuda e a pega-algarvia
Riem-se no canto das almas penadas
Não são coruja, vêm-se em pleno dia
Sem nos mentir neste reino de fadas

O Inverno traz o frio e o gelo

Queria ser um urso com pêlo
Paulo D. de Sousa

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Quo Vadis?

Título – Quo Vadis?
Autor – Henryk Sienkiewicz
Editora – Ediclube – Edição e Promoção do Livro, Lda.
Data de edição – 1994
Data da publicação original – 1895

“Quo Vadis?” do nobel polaco Henryk Sienkiewicz é um romance histórico que se desenvolve na segunda metade do século I d.C., reina em Roma o imperador Nero, artista, assassino, apreciador de bajulação e o homem mais poderoso do maior dos impérios, ou não fosse Roma o centro do mundo.

Apesar da tragédia inerente aos tempos conturbados que se viviam então, “Quo Vadis?” relata a paixão de Vinicius, um jovem patrício e tribuno militar, por Lígia, princesa dos Lígios (de quem, por associação ganhou o nome), refém do senado romano e filha adoptiva de Aulo Pláucio, general romano, e Pompónia Graecina, sua esposa e, tal como Lígia, cristã.

A paixão incontrolável de Vinicius leva-o a tentar raptar Lígia dos seus protectores, para o qual recorre à ajuda do seu tio Gaius Petronius, o “Árbitro da Elegância” da corte de Nero, altamente respeitado, poderoso e favorecido pelo imperador mas que vive a sua vida como um jogo mortal em que o mais pequeno deslize pode sentenciar o seu fim.


Arrebatada por forças superiores à sua, Lígia vê-se prisioneira na perigosa e por demais devassa corte de Nero, de onde consegue fugir com a ajuda de Urso, um gigante Lígio, parte do seu séquito, que a jurou proteger e que tal como ela abraçou a fé de Cristo.

Livres mas perseguidos, Lígia e Urso refugiam-se entre a comunidade cristã em Roma, já numerosa à altura mas clandestina, e perante o seu desaparecimento Vinicius desespera. A trama segue com a infindável perseguição da jovem pelo desaustinado patrício que por entre desilusões, traições e quase soluções, percorre também ele um inesperado caminho espiritual ao chocar de frente com a religião e valores da amada e que o fazem, à revelia, questionar gradualmente o seu estilo de vida, aquilo em que acredita e, por fim, a própria Roma.

Um livro bastante vivo, impressionante até para quem não tem predileção por romances, indispensável para os românticos, com uma fabulosa e por demais interessante mistura de personagens reais e fictícias no conturbado e muitíssimo bem descrito/imaginado império romano de Nero.

Uma obra surpreendente e uma excelente prenda de Natal,

Classificação:





Nuno Soares

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

669 - A Crónica do Quiabo - Tendências Nominais

As novas tendências de inverno disseram-nos esta semana que o nome Kim Jong-un não está na moda e que quem for avistado a usar tal denominação vai estar, não só ultrapassado e démodé, como vai ser convidado a fazer uma maratona de joelhos enquanto está preso ao eixo traseiro de um camião do Paris-Dakar. A não ser claro, que se trate do supremo governante da Coreia do Norte.

Pois é, Kim Jong-un, o líder do governo Norte Coreano também conhecido pela sua espantosa forma abdominal, decidiu proibir o uso do seu nome por outro que não ele próprio, algo que já o pai e o avô tinham feito antes de si, e que criou grande agitação quer no mundo da moda dos nomes, quer nos bazares de nomes em segunda mão, uma vez que todos os Kims e os Jong-uns já existentes vão ter que mudar de nome.

Fig 1: Escalo e outros nomes de plagióstomos estarão démodé nos próximos anos

A notícia chegou a algumas partes do mundo como algo chocante, mas em Portugal foi muito bem recebida até porque já contamos com alguns exemplos muito bem-sucedidos desta prática, como o saudoso Avô Cantigas. Não sei se alguém já foi ao registo civil tentar nomear o mais novo “Avô Cantigas da Conceição Desidério” mas aposto os dois cotos em como não vai ser aceite.

Há ainda a vantagem da não profanação do nome, algo muito apreciado pela família soberana Norte Coreana e que se entende, uma vez que não contribui para a imagem dum chefe de estado, alguém algures no país fazer uma chamada para um Kim Jong-un e responderem do outro lado que agora não dá porque ele está a defecar. Não é bonito. Assim fica resolvido, que ele como semi-deus que é não defeca e o seu bom nome fica para sempre longe da imundice, literalmente.

Por cá já existiam correntes de apoio a esta prática que agora se acentuam, nomeadamente no que diz respeito a determinados sectores de nomes, como os de filósofos gregos, variedades de pêssegos, afastamento de pernas em latim, peixes plagióstomos e leporídeos o que promete agitar simultaneamente a classe política e os ralis internacionais.

Fig 2 - Leporídeos preocupados pelos seus nomes ficarem de fora da colecção Primavera-Verão 2015 do registo civil

Possivelmente será mais seguro, de 2015 em diante, chamar aos seus rebentos dias da semana, números, letras e sinais de pontuação (para não haver descriminação) ou simplesmente “coiso”.

Andem pela sombra!


Egídio Desidério

P.S: Adivinhem as 7 diferenças. Dica: A política de protecção de exclusividade do nome não é uma delas.


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

La Bohème

“La Bohème” a ópera do final do século XIX escrita pelo compositor italiano Giacomo Puccini com roteiro dos seus compatriotas Luigi Illica e Giuseppe Giacosa está em palco no London Coliseum pelas mãos da English National Opera (ENO) de 29 de Outubro até 6 de Dezembro.

Esta peça transporta os espectadores até à cidade de Paris, na década de 1830, e narra o romance desavindo entre Rodolfo, um poeta falido e Mimi, uma costureira de frágil saúde. O ambiente, altamente dinâmico e mutável durante o decorrer dos actos, oscila entre a disposição irreverente e boémia que se vive no apartamento de Rodolfo, que este partilha com Marcello, um pintor de parcas posses, Schaunard, um músico sem um tostão e Colline, um filósofo financeiramente deprimido; e o romance improvável com Mimi, inicialmente cheio de paixão e loucura mas que se torna frio e distante quando o ciúme toma conta de um atormentado Rodolfo.

O café Momus, espaço alegre, quente e cheio de vida, onde a amada de Marcello, Musetta, encanta os locais com a sua voz, entre outros atributos, contrasta profundamente com o drama do casal amigo, vivido nas ruas geladas do inverno parisiense.


 O acompanhamento musical assim como o impressionante cenário contribuem de maneira decisiva para a imersão do público nesta montanha russa de emoções, onde, ora se ri alegre e despreocupadamente, ora se angustia pela inevitável e trágica perda, sempre presente, entre os casais Rodolfo-Mimi e Marcello-Musetta, seja pela periclitante saúde de Mimi, seja pela obstinação de Musetta e consequente desespero de Marcello.

Marcello e Musetta, interpretados respectivamente por George von Bergen e Jennifer Holloway, inserem na peça uma comicidade e leviandade que complementa de maneira deliciosa o bem mais trágico, não obstante, igualmente cativante casal, Rodolfo e Mimi, a quem David Butt Philip e Angel Blue deram vida.


Há ainda a salientar a qualidade de todo o elenco, não só como actores, mas também como cantores, donos de vozes impressionantes e que tornam “La Bohème” pela ENO um espectáculo digno de nome.

Classificação:





Nuno Soares

La Bohème

It came to life in the 29th of October in the gorgeous stage of London Coliseum and will make you drop tears of joy and sorrow until December 6th, by the experienced hand of the English National Opera (ENO).

ENO made another revival of this classical play written by Italian librettists Luigi Illica and Giuseppe Giacosa and composed by their countryman Giacomo Puccini. Not taking the risk to fall on boredom ENO made some cast changes providing Angel Blue, the Californian former model and beauty queen, debut as Mimi, the main female character of this opera.

For 2h 15m ENO provides a really good spectacle that takes us back to early XIX century Paris and presents us to the tempestuous romance between Rodolfo, a broke poet and Mimi a seamstress with failing health. The emotional balance of the play lies between a cheerful and bohemian atmosphere in Rodolfo’s rented house, which he shares with the equally financial depressed painter, Marcello, the penniless musician, Schaunard, and the insolvent philosopher Colline, and his love affair, at the beginning lovely and passionate and then cold and bitter as jealousy and jaundice take over Rodolfo’s heart and mind.
  

The fabulous music and scenario plays a huge role on this dynamic that often swifts between a melancholic mood of a dying muse and the vibrant energy of Café Momus where Musetta, the sweetheart of Marcello, delights the Parisians with her voice, among other attributes. These turbulent affairs go on and off with a slow but steady rise of drama with the worsening of Mimi’s disease and the return of the winter.

George von Bergen, as Marcello and Jennifer Holloway, as Musetta play an amazing role, either alone or as a couple, often raising the spirits and most of the time making an essential, quite genius and most certainly funny complement to the main couple played by David Butt Philip, as Rodolfo and Angel Blue as Mimi. It’s relevant to say that the cast members are extremely gifted singers that remarkably sang their way into an admirable performance.


A minor room for improvement in the show can be considered Angel Blue’s inherent and effulgent vitality that refuses to disappear or even diminish from her voice even as her character health is fading, although this would hardly be enough to upset the overall experience.

An amazing play, an awesome representation and a spectacle that brightens both the cast and the English National Opera.

Excellent evening program!

Rating:





Nuno Soares

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Comenda Secreta

Titulo – A Comenda Secreta
Autores – Maria João Pardal e Ezequiel Marinho
Editora - Sic ideia y creación editorial, s.l.
Data de edição – 2007
Data da publicação original – 2005

“A Comenda Secreta” é um romance histórico cuja narrativa se desenrola nos primeiros anos de vida do Reino de Portugal. Vive-se uma época atribulada e Afonso Henriques tem a braços Mouros, Castelhanos e até cruzados pouco escrupulosos que, tendo sido aliados na captura de Lisboa, pouco fizeram para a preservação da paz e ordem dos territórios conquistados, sendo responsáveis por pilhagens, saques e vandalismo de todo o tipo.

É neste contexto conflituoso que são introduzidos os personagens deste livro, Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal e alguns dos seus companheiros mais relevantes para a narrativa como o mestre Abraão Zarco e o seu sobrinho Abel, judeus dedicados ao mister de trabalhar a pedra, Raimundo Moniz, cavaleiro à ordem do rei e o seu filho Renato, assim como uma mão cheia de mais ou menos ilustres cavaleiros templários, entre os quais D. Fuas Roupinho. Há ainda Catarina Viegas, filha foragida de um antigo templário morto a defender um dos segredos da ordem, que dá um toque de feminilidade à narrativa e será crucial no seu desenrolar.


Estes e outros personagens vêem-se envolvidos num enredo que envolve espiões do reino de Castela e a tentativa de roubar documentos importantes para o reino. Viajamos por Lisboa, Sintra e Tomar, onde é construída a sede territorial e espiritual dos templários em Portugal.

Mistérios das fés (Cristã, Judaica e Islâmica), segredos de estado, espionagem, romance e aventura esperam o leitor nestas páginas preenchidas pela parelha de autores, com uma escrita simples, acessível e fácil de ler. As descrições não são soberbas, assim como não o são os diálogos, mas a “Comenda Secreta” revela um trabalho de investigação sólido sobre a época e os personagens e proporciona uma experiência de leitura que não é desagradável, estando, no entanto, longe de ser uma obra-prima do género.

Classificação:






Nuno Soares


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Nas asas da Poesia - Não me considero Poeta

Não me considero poeta
Mas poeta é o que sou
Não sei qual a minha meta
Nem sei para onde vou.

Escrevo sobre aquilo que sinto
Escrevo sobre aquilo que sou
O que escrevo eu não minto
Seja mau ou seja bom.

Amo, sofro, rio e choro
Não sou mais do que normal
Tudo na vida recordo
Como algo especial.

Grandes, pequenos momentos
Todos têm seu valor
Pois em nossos pensamentos
Todos são da mesma cor.

Marco Gago


Mensagem do Opina: "Nas asas da Poesia" é a nova rubrica dedicada ao verso rimado que nos será trazida pelo Marco Gago. Atrevam-se a voar no Opina!

domingo, 16 de novembro de 2014

5000 visualizações!



Na última 5ª feira, dia 13 de Novembro, atingimos a marca das 5000 visitas! Agradecemos a todos os que nos seguem, aos que nos lêem, aos que connosco partilham as suas opinações e, claro, aos autores e artistas sem o trabalho dos quais este espaço não teria razão de ser.

A todos um muito obrigado!


Boas opinações!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Pó na Fita - The French Connection (1971)

Os Incorruptíveis Contra a Droga, na língua de Camões, é um filme chave para entender os modernos filmes policiais.

Em tudo, é o típico filme de polícias, a dupla de serviço (polícia mau vs polícia bom), um chefe rezingão, colegas chatos, bandidos estúpidos, malfeitores à medida, perseguições e tiroteios. A trama do filme desenvolve-se em torno de Jimmy Doyle “Popeye” e Buddy Russo, dois elementos da polícia de Nova Iorque, da brigada de narcotráficos. Estes duros perseguem uma pista de uma grande negociata no sub-mundo da droga, que envolve um finório marselhês, um barão da droga nova-iorquino e um casal merceeiro…
Um filme cru, que nos coloca neste microcosmos violento e que se nos afigura como real.

The French Connection é despido de artifícios, recorrendo ao puro trabalho das câmaras, com um ritmo oscilante entre vigilâncias insones e perseguições a alta velocidade por baixo de uma linha de metro apinhada de tráfego. William Friedkin (realizador de “O Exorcista”) monta uma boa história com representações memoráveis do durão irascível Gene Hackman e do seu contrapeso Roy Sheider (o do “Tubarão”). Um filme com 5 Óscares (melhor realizador, melhor ator principal, entre outros) não é de certeza de menosprezar.

Um clássico estabelecido por mérito próprio, sabe envelhecer como um bom porto vintage.


Rafael Nascimento


terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Shinegow – A Ilusão" sai a 1 de Novembro

É mesmo verdade! Iris Palmeirim de Alfarra, a autora de Shinegow, já tinha confirmado em entrevista ao Opina o lançamento do seu próximo livro ainda em 2014 e, não faltando ao prometido, o facto consuma-se no próximo dia 1 de Novembro, às 16 horas, no Instituto Português do Desporto e Juventude, no Parque das Nações em Lisboa.

Fig 1: A autora Iris Palmeirim de Alfarra
Esta nova obra da autora é a continuação do primeiro livro da saga Shinegow mas, chegou ao Opina, não será o último, pelo que Iris e o seu mundo fantástico continuarão à solta durante os próximos tempos. Iris conta com uma nova editora, a Edições Mahatma e com prefácio escrito pelo humorista Nuno Markl, que estará também presente no evento de lançamento!

Fig 2: Informação sobre o lançamento de "Shinegow - A ilusão"
Para além da costumeira aventura, da surpreendente magia e da, agora prometida, ilusão o que mais trará este novo volume da saga Shinegow? 

Para os que quiserem acompanhar a autora, a saga e os eventos de divulgação, Shinegow está no Facebook em: https://www.facebook.com/Shinegow


Nuno Soares

domingo, 26 de outubro de 2014

Liebster Award

Ora bem, o post de hoje é um tanto ou quanto diferente do habitual. Em vésperas de amanhã falaremos do Liebster Award. Ahn? O quê? Eu é que sou..? Possivelmente, sim... Para os mais desinformados, como nós, que desconhecíamos o teor/existência do "award", passamos a explicar que o Liebster Award é uma corrente de nomeações, de bloggers para bloggers, com o objectivo de divulgar blogs pouco conhecidos.

Posto isto, porquê escrever sobre este assunto? Porquêêêê?! Efeito alucinogénico colectivo? Não. Economia a crescer? Não. Falta de assunto para escrever? Não. Ébola? Não.

Na verdade, o Opina - Espaço de Divulgação Cultural foi nomeado para o Liebster Award por três blogs, a quem deixamos o agradecimento e a referência, a ver:

Notas de Rodapéhttp://www.notasderodape.pt/ A quem deixamos o agradecimento por terem sido os primeiros (aaah a primeira vez...) a nomear o nosso blog.

Coco&Jeans http://cocojeans.blogspot.pt A quem agradecemos por ter sido o segundo blog a nomear o Opina e a quem garantimos que no decorrer deste blog (com algum esforço do Egídio Desidério e cenouras como recompensa) nos absteremos de fazer qualquer comentário relacionado com cocó e calças. 

Karochinhaa Secret's http://karochinhaa.blogspot.pt/ A quem felicitamos por ter sido a terceira alma a presentear-nos com a sua nomeação e a quem asseguramos que os segredos da Karochinhaa estão seguros connosco (mais cenouras). 

Findas as formalidades, resta-nos responder às perguntas colocadas (aproveitamos para dizer que responderemos às do Notas de Rodapé, porque foram os primeiros, e porque de outra maneira teríamos que responder a 173 perguntas o que demoraria o seu tempo e gastar-nos-ia as impressões digitais). 

São elas:

1) Descreve-te em 5 palavras:

Diana LairesComo é que se pode ser ambiciosa e preguiçosa simultâneamente? E juntar a isso um elevado nível de distracção e gosto por música barulhenta? Só se safa mesmo o facto de comer queijo compulsivamente!

Egídio Desidério: Lindo, fabuloso, gostoso, brilhante e... fantástico.

Nuno Soares: Até em uma só: eu.

Rafael Nascimento: Não gosto de me descrever.


2) O que te levou a ter um blog/página:

Diana LairesO que me levou? O Nuno, claro! Que é chato e acha que eu posso dizer coisas interessantes...! Esses acontecimentos podem levar algum tempo a acontecer, mas quando algo me inspira escrevo sobre isso automaticamente!

Egídio Desidério: Fama, Fortuna e Sexo.

Nuno Soares: O gosto pela escrita e a necessidade de encontrar espaços na net que divulgassem temas culturais e novos autores que, não tendo, de todo, falta de qualidade, têm tantas vezes falta de divulgação.

Rafael Nascimento: Um desafio.

3) Não sais de casa sem...

Diana LairesIa dizer as chaves de casa mas seria mentira... Ipod, aquela coisa obsoleta que concorre com os androids para ouvir musica.

Egídio Desidério: Uma boa dose de charme.

Nuno Soares: Sem mim. Tudo o resto, inclusive coisas realmente úteis como chaves, carteira e afins, seriam um desafio imenso à minha capacidade de distracção e, possivelmente, aldrabice.

Rafael Nascimento: A roupa vestida.

4) A aventura da tua vida é/foi...

Diana Laires: Todos os dias incertos, todas as fugas da rotina, todos os passeios por sítios desconhecidos.

Egídio Desidério: Olhar-me ao espelho.

Nuno Soares: A minha vida.

Rafael Nascimento: Vivê-la o melhor que possa.

5) Ainda me falta fazer...

Diana Laires: Ir ao México!

Egídio Desidério: Obrar a fazer o pino... espera, essa não... aaaaah... ir a um concerto do Frederico Mercúrio e os Rainha.

Nuno Soares: Acho que dava uma lista demasiado grande para este post, assim fico-me por uma viagem à Nova Zelândia.

Rafael Nascimento: Umas quantas voltas ao mundo.

6) Qual é a tua marca favorita?

Diana Laires: Independent.

Egídio Desidério: Renova.

Nuno Soares: Uma marca de nascença que tenho na perna esquerda.

Rafael Nascimento: Nunca pensei nisso… Talvez a 20th Century FOX.

7) Qual é a característica que mais gostas nas pessoas?

Diana Laires: Sentido de humor... move montanhas!

Egídio Desidério: Admirarem e bajularem a minha pessoa!

Nuno Soares: Sentido de humor, espírito crítico e altruísmo.

Rafael Nascimento: Serem genuínas.

8) Qual é a tua cidade de sonho?

Diana Laires: Lisboa. E não me posso queixar de ter um sonho tão pertinho de mim!

Egídio Desidério: Enxobregas e Faro no Yukon, Canadá.

Nuno Soares: Ainda não conheci.

Rafael Nascimento: Santiago do Chile (talvez).

9) O que levas na mala?

Diana Laires: A máquina fotográfica.

Egídio Desidério: Batom, eye liner e verniz.

Nuno Soares: Faço um esforço por não usar mala.

Rafael Nascimento: A máquina fotográfica.

10) O que achas do blog que te nomeou?

Diana Laires: Não conhecia mas já dei uma vista de olhos por alguns artigos e vou passar a segui-lo!

Egídio Desidério: São uns fofuscos.

Nuno Soares: Não conhecia antes da nomeação mas adorei ver que há gente interessada e a fazer um óptimo trabalho no que diz respeito à divulgação cultural! É certamente um blog a seguir! P.S: Parabéns ao José Miguel pelo gosto musical. R.E.M. são, sem sombra de dúvidas, uma banda épica! António Variações, dispensa palavras, estás muito lá. Têm um óptimo blog, continuem!

Rafael Nascimento: Não conheço. Vou ver!


E assim termina a nossa saga, agora passamos a batata aos seguintes blogs para que respondam também eles às questões e nomeiem os blogs que por bem acharem:


De novo, agradecemos aos blogs que nos nomearam Notas de RodapéCoco&JeansKarochinhaa Secret's! Deseja-mo-vos as maiores felicidades, saúde, uma enxurrada de filhos e que não apanhem constipações ou ébola durante o inverno. 

Tudo de bom,

Opina



P.S: Recomendações do Liebster Award para os nomeados:

Responder a todas as perguntas;
Referir o link do blogue que te nomeou;
Nomear entre 5 a 10 blogues com menos de 200 seguidores;
Obrigatório informar os blogues da nomeação;
Fornecer aos blogues nomeados o link para a publicação em causa (para que lhes seja explicado o que devem fazer).

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Poeta albufeirense Roberto Leandro lança em breve "imagem d'escrita"

“imagem d’escrita” é o terceiro livro do jovem poeta albufeirense Roberto Leandro que, após o lançamento de “Ver no Verso” (2011) e “Poesia em Combustão” (2012), volta a publicar, desta feita sobre a égide da Obnósis Editora.

Esta nova obra funde de maneira particular duas artes com grande capacidade de expressar emoções, neste caso a poesia, a cargo de Roberto Leandro, e a interpretação fotográfica da mesma, entregue pelo autor a quatro fotógrafos, a ver: Vanessa Ideias, Rui Aires, Luísa Correia e Isabel Brinca.

Fig 1: Roberto Leandro

Pelo material já divulgado pelos promotores do projecto através da sua página de facebook, dir-se-ia que Roberto tentou reinventar a sua maneira de comunicar com os seus leitores, de se expressar, de transmitir emoções, pensamentos e mensagens através desta simultânea concordância entre a fotografia e a poesia que, ao mesmo tempo, aumenta a abrangência da interpretação dando ao fotógrafo a liberdade de projectar através da sua arte o que lhe foi anteriormente transmitido pelo verso lido.

Abaixo, podem ler um dos poemas que compõem o livro assim como a sua interpretação fotográfica, neste caso, de Vanessa Ideias:


Esta obra, que chegará ao público já no início do mês de Outubro, tem lançamento marcado para o dia 5, às 18 horas, no auditório Carlos Paredes em Benfica e terá também sessões de divulgação em Albufeira, no restaurante Cepa Velha pelas 18 horas do dia 18, em Faro, no dia 22 de Novembro no Palácio do Tenente, em hora a anunciar posteriormente e, em Pedrogão Grande em data e local ainda por definir. Estes eventos contarão ainda com o acompanhamento musical de Pedro Limpo Rodrigues e declamação por Paulo Moreira, do grupo ACTA.

A melhor das sortes para os 5 autores e para este promissor projecto!


Nuno Soares