segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Frozen - O Reino do Gelo

Frozen foi a aposta da Disney para o natal de 2013 e não se pode dizer que tenha sido uma má aposta como mostram os mais de 544 milhões de dólares já arrecadados em bilheteiras de um filme que ainda continua em exibição. 

Fig 1: Frozen - O Reino do Gelo
Frozen foi apresentado ao público como uma comédia de aventura, animada, claro está, através de um trailer que levantava o véu sobre as personagens, o enredo e o tipo de acção que o público poderia esperar. No entanto, Frozen é um musical (algo imperceptível no trailer), algo que sem tirar mérito ao filme pode defraudar as expectativas de quem viu o filme ser anunciado como algo bem diferente. 

Mas, sendo franco, um musical animado não é algo de mau. De todo. Frozen tem um imaginário bastante interessante que gira à volta da cidade de Arendelle e das suas duas princesas Elsa e Anna. 

Elsa nasce com a fantástica capacidade de criar e manipular gelo, habilidade que desde tenra idade é encorajada a esconder dentro de si dada a sua imprevisibilidade e perigo. Após a morte dos pais Elsa herda a responsabilidade de comandar os destinos de Arendelle mas cede à pressão das suas obrigações e ao peso que carrega, revela inadvertidamente o seu poder, fere acidentalmente a irmã e foge para as montanhas geladas que rodeiam Arendelle. 

Anna empreende então uma difícil demanda para encontrar e trazer de volta a sua irmã foragida na companhia de um vendedor de gelo e da sua rena (Kristoff e Sven). 

Fig 2: Sven
A magia é uma constante como não deixa de ser habitual nos contos da Disney e Frozen conta com Olaf, um boneco de neve que quer conhecer o verão e uma multidão de trolls mágicos para enriquecerem esta obra. 

Apesar de todos estes ingredientes que adoçam a experiência de ver Frozen, o filme peca pela superficialidade do desenvolvimento do enredo e da temática que, ainda que bem escolhida, parece, por vezes, desconexa e com lapsos. A proporção musical vs aventura/humor é também ela desfasada em relação às expectativas criadas pelo trailer, sendo que na fase inicial do filme o constante recurso a falas cantadas (que nem sempre são brilhantes) é tão frequente que afecta a capacidade de o espectador gozar a temática que a Disney montou para este filme. 

Não obstante, Frozen proporciona bons momentos e a dupla Kristoff/Sven, assim como Olaf, garantem boas gargalhadas e a aventura de Anna em salvação da sua irmã Elsa imerge os espectadores nos valores Disney, juntando a uma boa dose de amizade e ternura um omnipresente final feliz.

Um filme aprazível, longe no entanto dos mais fantásticos filmes da Walt Disney. 

Nuno Soares

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