sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Porque nem todos os ursos são pardos

Ontem saía do trabalho, nos arredores de Londres, pouco depois da uma da manhã e, não tinha ainda andado 20 metros em direção a casa, depois de me despedir dos colegas que comigo trabalham, e eis que me deparo com um homem, jovem, na casa dos 20, munido de considerável pilosidade facial e usando um taqiyah (chapéu redondo de uso comum nas comunidades muçulmanas) que fazia a mesma rua que eu mas no sentido inverso. Consigo trazia um cartaz que, ao me ver, levantou. Tinha escrito:

“I am a muslim, I’ve been told I’m a terrorist. I trust you. Do you trust me enough to give me a hug?” (Eu sou muçulmano. Foi-me dito que sou um terrorista. Eu confio em ti. Confias em mim o suficiente para me dares um abraço?)

Fig. 1: Taqiyah

Sendo eu uma pessoa de natureza afável, e até um bocado patego, de sorriso na cara saiu-me: “Oh! But of course, man.” E abracei-o. Abracei-o com força. E 2 coisas inesperadas aconteceram. A primeira foi que ele não rebentou, coisa que às vezes acontece a quem dou abraços, porque eu aperto para aleijar, e a segunda é que a conhecida bactéria da peçonha que, como toda a gente sabe, os muçulmanos têm e que transforma até as pessoas mais moderadazinhas em radicais com desejos de sangue e violência não me atacou da maneira como eu vejo nas notícias, políticos, comentadores, e transeuntes dizerem que ataca e que o melhor é fechar fronteiras e plantar muitas árvores entre “nós” e “eles” para o ar ficar bem filtradinho de maneira a não haver cá trocas de oxigénio entre os pulmões do pessoal. Durante dois ou três segundos ainda me deu para a maluqueira e veio-me à cabeça “aaah isto agora era ir que nem um maluco… dormir, dormir que já é tarde e eu estou cansado”, e foi isto.

Trocámos breves palavras, teremos falado no máximo minuto, minuto e meio, no qual lhe disse o quão importante era o que ele estava a fazer para construir uma sociedade em que pessoas de qualquer religião ou sem religião alguma, possam viver juntas, como vizinhos, como colegas, como amigos, como familiares, sem medo da diferença e sem preconceito pelo outro. Agradeci-lhe e desejei-lhe boa sorte.

Ele agradeceu, comovido.

Segui o meu caminho e já em casa, após uma breve pesquisa na internet fiquei a saber que o que aquele rapaz estava a fazer não era único e que tinha sido inicialmente feito, tanto quanto consegui descobrir, em Toronto, no Canadá, onde um grupo de muçulmanos organizou uma acção de sensibilização para explicar a diferença entre o islão e idiotas (eu sei que é difícil, começam ambas por “i”) que usam esta religião como desculpa para encherem os bolsos de dinheiro, para exercerem o poder das armas indiscriminadamente sobre quem conseguem subjugar e para viverem como querem, sem estarem sujeitos a qualquer lei ou regra que não as do grupo que representam, bandidos portanto.

Para concluir, e em jeito de partilha, deixo-vos o vídeo da acção de sensibilização em Toronto que está a inspirar outras em vários pontos do mundo, inclusive, parece, em Londres. 



Nuno Soares

1 comentário:

  1. Muito obrigado por esta partilha. A minha esperança (parece que é a última a morrer) é que diminuam drasticamente o número de idiotas.

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