quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Quo Vadis?

Título – Quo Vadis?
Autor – Henryk Sienkiewicz
Editora – Ediclube – Edição e Promoção do Livro, Lda.
Data de edição – 1994
Data da publicação original – 1895

“Quo Vadis?” do nobel polaco Henryk Sienkiewicz é um romance histórico que se desenvolve na segunda metade do século I d.C., reina em Roma o imperador Nero, artista, assassino, apreciador de bajulação e o homem mais poderoso do maior dos impérios, ou não fosse Roma o centro do mundo.

Apesar da tragédia inerente aos tempos conturbados que se viviam então, “Quo Vadis?” relata a paixão de Vinicius, um jovem patrício e tribuno militar, por Lígia, princesa dos Lígios (de quem, por associação ganhou o nome), refém do senado romano e filha adoptiva de Aulo Pláucio, general romano, e Pompónia Graecina, sua esposa e, tal como Lígia, cristã.

A paixão incontrolável de Vinicius leva-o a tentar raptar Lígia dos seus protectores, para o qual recorre à ajuda do seu tio Gaius Petronius, o “Árbitro da Elegância” da corte de Nero, altamente respeitado, poderoso e favorecido pelo imperador mas que vive a sua vida como um jogo mortal em que o mais pequeno deslize pode sentenciar o seu fim.


Arrebatada por forças superiores à sua, Lígia vê-se prisioneira na perigosa e por demais devassa corte de Nero, de onde consegue fugir com a ajuda de Urso, um gigante Lígio, parte do seu séquito, que a jurou proteger e que tal como ela abraçou a fé de Cristo.

Livres mas perseguidos, Lígia e Urso refugiam-se entre a comunidade cristã em Roma, já numerosa à altura mas clandestina, e perante o seu desaparecimento Vinicius desespera. A trama segue com a infindável perseguição da jovem pelo desaustinado patrício que por entre desilusões, traições e quase soluções, percorre também ele um inesperado caminho espiritual ao chocar de frente com a religião e valores da amada e que o fazem, à revelia, questionar gradualmente o seu estilo de vida, aquilo em que acredita e, por fim, a própria Roma.

Um livro bastante vivo, impressionante até para quem não tem predileção por romances, indispensável para os românticos, com uma fabulosa e por demais interessante mistura de personagens reais e fictícias no conturbado e muitíssimo bem descrito/imaginado império romano de Nero.

Uma obra surpreendente e uma excelente prenda de Natal,

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Nuno Soares

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