terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Comenda Secreta

Titulo – A Comenda Secreta
Autores – Maria João Pardal e Ezequiel Marinho
Editora - Sic ideia y creación editorial, s.l.
Data de edição – 2007
Data da publicação original – 2005

“A Comenda Secreta” é um romance histórico cuja narrativa se desenrola nos primeiros anos de vida do Reino de Portugal. Vive-se uma época atribulada e Afonso Henriques tem a braços Mouros, Castelhanos e até cruzados pouco escrupulosos que, tendo sido aliados na captura de Lisboa, pouco fizeram para a preservação da paz e ordem dos territórios conquistados, sendo responsáveis por pilhagens, saques e vandalismo de todo o tipo.

É neste contexto conflituoso que são introduzidos os personagens deste livro, Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal e alguns dos seus companheiros mais relevantes para a narrativa como o mestre Abraão Zarco e o seu sobrinho Abel, judeus dedicados ao mister de trabalhar a pedra, Raimundo Moniz, cavaleiro à ordem do rei e o seu filho Renato, assim como uma mão cheia de mais ou menos ilustres cavaleiros templários, entre os quais D. Fuas Roupinho. Há ainda Catarina Viegas, filha foragida de um antigo templário morto a defender um dos segredos da ordem, que dá um toque de feminilidade à narrativa e será crucial no seu desenrolar.


Estes e outros personagens vêem-se envolvidos num enredo que envolve espiões do reino de Castela e a tentativa de roubar documentos importantes para o reino. Viajamos por Lisboa, Sintra e Tomar, onde é construída a sede territorial e espiritual dos templários em Portugal.

Mistérios das fés (Cristã, Judaica e Islâmica), segredos de estado, espionagem, romance e aventura esperam o leitor nestas páginas preenchidas pela parelha de autores, com uma escrita simples, acessível e fácil de ler. As descrições não são soberbas, assim como não o são os diálogos, mas a “Comenda Secreta” revela um trabalho de investigação sólido sobre a época e os personagens e proporciona uma experiência de leitura que não é desagradável, estando, no entanto, longe de ser uma obra-prima do género.

Classificação:






Nuno Soares


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