Ontem saía do trabalho, nos
arredores de Londres, pouco depois da uma da manhã e, não tinha ainda andado 20
metros em direção a casa, depois de me despedir dos colegas que comigo
trabalham, e eis que me deparo com um homem, jovem, na casa dos 20, munido de
considerável pilosidade facial e usando um taqiyah (chapéu redondo de uso comum
nas comunidades muçulmanas) que fazia a mesma rua que eu mas no sentido
inverso. Consigo trazia um cartaz que, ao me ver, levantou. Tinha escrito:
“I am a muslim, I’ve been told I’m a terrorist.
I trust you. Do you trust me enough to give me a hug?” (Eu sou
muçulmano. Foi-me dito que sou um terrorista. Eu confio em ti. Confias em mim o
suficiente para me dares um abraço?)
Fig. 1: Taqiyah |
Sendo eu uma pessoa de natureza
afável, e até um bocado patego, de sorriso na cara saiu-me: “Oh! But of course,
man.” E abracei-o. Abracei-o com força. E 2 coisas inesperadas aconteceram. A
primeira foi que ele não rebentou, coisa que às vezes acontece a quem dou
abraços, porque eu aperto para aleijar, e a segunda é que a conhecida bactéria
da peçonha que, como toda a gente sabe, os muçulmanos têm e que transforma até
as pessoas mais moderadazinhas em radicais com desejos de sangue e violência
não me atacou da maneira como eu vejo nas notícias, políticos, comentadores, e
transeuntes dizerem que ataca e que o melhor é fechar fronteiras e plantar
muitas árvores entre “nós” e “eles” para o ar ficar bem filtradinho de maneira a não haver cá trocas de oxigénio entre os pulmões do pessoal. Durante dois ou três
segundos ainda me deu para a maluqueira e veio-me à cabeça “aaah isto agora era
ir que nem um maluco… dormir, dormir que já é tarde e eu estou cansado”, e foi
isto.
Trocámos breves palavras, teremos
falado no máximo minuto, minuto e meio, no qual lhe disse o quão importante era
o que ele estava a fazer para construir uma sociedade em que pessoas de
qualquer religião ou sem religião alguma, possam viver juntas, como vizinhos,
como colegas, como amigos, como familiares, sem medo da diferença e sem
preconceito pelo outro. Agradeci-lhe e desejei-lhe boa sorte.
Ele agradeceu, comovido.
Segui o meu caminho e já em casa,
após uma breve pesquisa na internet fiquei a saber que o que aquele rapaz
estava a fazer não era único e que tinha sido inicialmente feito, tanto quanto consegui
descobrir, em Toronto, no Canadá, onde um grupo de muçulmanos organizou uma
acção de sensibilização para explicar a diferença entre o islão e idiotas (eu
sei que é difícil, começam ambas por “i”) que usam esta religião como desculpa
para encherem os bolsos de dinheiro, para exercerem o poder das armas
indiscriminadamente sobre quem conseguem subjugar e para viverem como querem,
sem estarem sujeitos a qualquer lei ou regra que não as do grupo que
representam, bandidos portanto.
Para concluir, e em jeito de
partilha, deixo-vos o vídeo da acção de sensibilização em Toronto que está a
inspirar outras em vários pontos do mundo, inclusive, parece, em Londres.
Muito obrigado por esta partilha. A minha esperança (parece que é a última a morrer) é que diminuam drasticamente o número de idiotas.
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