Hoje estamos de regresso após
duas semanas de ausência forçada das comunidades em que nos inserimos no
Facebook.
É verdade, o Opina viu
temporariamente bloqueada a sua capacidade de divulgação por parte do facebook,
dias depois de ter divulgado a petição da PALP (Plataforma Algarve Livre de
Petróleo), contra a exploração de petróleo em Portugal.
Num mundo de comunicações
globalizadas, em que, como nunca, é possível fazer passar uma mensagem por
milhares, senão milhões, de pessoas num curto espaço de tempo, torna-se
importante, a nosso ver, a ambição de fornecer informação de qualidade, baseada
em argumentação confiável e verificável, sem espaço para sensacionalismos,
desinformações e fraudes que, infelizmente minam os meios de comunicação social
(Facebook entre eles) com o objectivo de, ao invés de educar e informar,
estupidificar as massas e gerar confusão, ruído e descrença.
Fiel aos seus propósitos, a linha
editorial do Opina prima pela divulgação de conteúdos culturais e de cidadania,
de maneira correcta, séria e honesta, sem recurso a spam, phishing,
comportamento ou linguagem ofensiva ou desrespeitosa, nudez, incentivo ao ódio
ou à violência, conteúdo gráfico ou violento, automutilação, bullying ou
assédio, qualquer tipo de actividade criminosa, exploração ou violência sexual
ou venda ilegal de bens regulamentados, respeitando os padrões de comunidade do Facebook e os mais basilares pressupostos de convivência em comunidade.
Apesar disso, o Opina – Espaço de
Divulgação Cultural, viu bloqueados as suas funcionalidades de partilha de
conteúdos, sem justificação ou motivo apresentado para a acção tomada, e sem
qualquer tipo de resposta à reclamação endereçada no seguimento de tal
bloqueio.
Enquanto instituição que utiliza
o Facebook enquanto meio de divulgação de conteúdos culturais e de cidadania,
preocupa-nos que uma plataforma que preza “a partilha de informação como forma
de tornar o mundo mais aberto e ligado” use de modo arbitrário as sanções à sua
disposição para limitar quem trabalha para o mesmo fim, assim como estranhamos
que tal acção tenha ocorrido dias depois da publicação de um artigo de
relevância económica e política, neste caso, de apoio a uma petição (que
entretanto chegou à Assembleia da República), contra a exploração de petróleo na
costa Portuguesa.
Assim, e em jeito de conclusão,
apelamos a que o Facebook reveja os critérios (ou a aplicação dos mesmos) pelos
quais regulamenta o fluxo de informação na sua rede; ao espírito crítico dos
cidadãos que consomem, comentam e partilham informação, pois nestes recai a
possibilidade de, através da sua exigência para com a qualidade e rigor
informativo, melhorar os padrões da informação fornecida nos meios de
comunicação social; e a que se partilhe este apelo como garante que, este e
outros espaços de divulgação informativa de qualidade, que trabalham para
tornar a rede global a que chamamos internet, um local mais amplo, mais rico em
conteúdos culturais e de cidadania, não sejam alvo de sanções que, segundo os
padrões de comunidade do Facebook, não lhes deviam ser aplicados.
A todos os que nos lêem e divulgam o nosso muito
obrigado!
Nuno Soares
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