Voltamos de férias! E já que estamos
em altura de eleições, que tal uma lição de história?
Com certeza conhecem o Charlot! Sim?
Não?
Desta vez, as desventuras deste
simpático e ingénuo senhor decorrem entre duas grandes guerras. Numa sucessão
de pitorescas rábulas, a personagem passa de soldado raso, a barbeiro
desfavorecido num gueto judeu, a combatente pela liberdade nas horas vagas!
Por entre estes episódios,
desenham-se outros, igualmente hilariantes, mais mordazes, sobre o ego de um
certo ditador (caricatura perfeita de outro certo infame tirano muito muito
conhecido). Estas duas figuras jogam em pólos opostos da sociedade e da personalidade,
personificando virtudes (o barbeiro) e defeitos (o ditador) comuns na
humanidade.
O Grande Ditador é um filme com uma
clarividência atroz, uma vez que previu todo o desenrolar da 2ª Guerra Mundial,
no dealbar da mesma. Uma película que expôs os crimes de Hitler e comparsas,
mesmo antes de estes se tornarem mais públicos! Atentai contudo à performance
de Charlie Chaplin, quer como ator, macaqueando a figura do fulgurante ditador
com fortes agulhadas ao seu ego, quer como contador de uma história muito bem
desenvolvida e montada.
O final, o único momento
verdadeiramente sério do filme, é de levar às lágrimas, de te arrepiares, de
levares como credo político e de dares aos teus filhos (isto se não fores um
ditador claro!)
P.S. Fica o final https://www.youtube.com/watch?v=5IvPIWzQcUY
P.S.S. Já que estamos numa de
discursos ao coração, aqui fica o FMI de José Mário Branco, para acompanhar
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