Sonhos medievais? Realidades modernas? Fé em deus? Tudo
misturado!
Imagina isto: uma pobre aldeia
mineira medieval que ainda resiste ao assédio da peste negra. Depois acrescenta
um rapaz, espécie de oráculo, que reúne uma irmandade para salvar a aldeia da
dita peste. A sua missão é procurar a maior igreja do mundo e depositar no seu
campanário uma humilde cruz. Estás a imaginar? Agora acrescenta aquela teoria
de cavar um buraco até ao outro lado do mundo… Esta odisseia de Griffin, Connor
e Cª, mostra-nos a realidade do ponto de vista do Homem medieval, imbuído de fé
e ignorância, face a um mundo hostil e bizarro.
Vincent Ward é o (desconhecido?)
realizador neozelandês que ilustra este filme com uma dualidade de preto e
branco vs cor, consoante a realidade que é apresentada. O tom negro é
transversal, quer em cenários transfigurados pelo negrume da noite, quer no
breu das entranhas da terra, quer mesmo na brancura da neve! Contudo, várias
pinceladas, quase infantis, contrariam as trevas, expondo a humilde tacanhez do
Homem, enriquecendo a estória.
Um estudo da mente medieval, que
apresenta um sonho possível. Uma realidade que podes acreditar.
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