Uma grande comédia com um título grande para um verão grande
(começou em Maio o calor e só deve acabar lá para Outubro, certo?)
O cenário? Guerra Fria ao rubro
(paradoxal). Conteúdo? A esquizofrenia desses dias num cenário hipotético, que
tanta gente acreditava ser possível (ainda acreditas?). Os intervenientes?
Concelhos de estado (ou algo parecido) dos EUA e URSS e a tripulação de um
bombardeiro nuclear (há um cowboy, um nazi parkinsonico
e um general sem medo lá pelo meio). Os resultados? Uma paródia a um
assunto bem sério, com momentos de pura ironia e comédia física (termina em
holocausto nuclear?). A mensagem? Uma reflexão sobre as mentes iluminadas que
nos governavam (e ainda governam). Uma brincadeira com os medos e paranóias
mais clichés da Guerra Fria.
A ilustração do ridículo desta
realidade paralela mantem-se a preto e branco, quando o cinema já era a cores.
Stanley Kubrik monta um dos filmes mais cómicos alguma vez filmados, assente na
diversidade vincada das personalidades que se digladiam neste cenário de crise
mundial. Peter Sellers (o famoso inspetor Closeau d’ A Pantera Cor-de-Rosa) é o
ator mestre, que interpreta 3 icónicas figuras!
Vale mesmo a pena ir ao baú e tirar
o pó a esta fita! Para ver os resultados de brincar com o fogo…
P.S. Para acompanhar, o filme “1941”
de Steven Spielberg, mais uma brincadeira com outro tipo de paranóias.
Rafael Nascimento
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