O primeiro filme do ano, ao qual sopramos o pó, é um clássico
épico de aventura no Japão medieval.
Uma aldeia de camponeses habituada
ao desespero e à espoliação, provocadas por um bando de bandidos, resolve
enviar emissários em busca de guerreiros que os queiram proteger. Uma equipa de
sete distintos samurais é é formada com este propósito. Oscilando entre o
humilde heroísmo e a realidade desencantatória
da humanidade, o exaltar da filosofia samurai e a mediocridade do camponês,
humor bacoco e dramas (in)esperados, esta película vai prendendo a atenção do
espectador moderno, culminando num final agridoce.
Apesar de ser um filme já com 61 anos, o mestre Akira Kurosawa
tece uma história impar a preto e branco. A coragem e a cobardia ocupam o mesmo
espaço na tela, criando um cenário extremamente realista, sem espaço para
mortes (heroicamente) lentas ou grandes planos apaixonados. Os atores vestem o
kimono e empunham a espada, transmitindo uma simpatia invulgar e uma sensação
de naturalidade, sem grandes tiques teatrais, verdadeiros arquétipos da
interpretação contemporânea.
Dêem uma oportunidade a filmes idosos! Também merecem ser
visionados!
Não tão idoso, do mesmo realizador têm Ran - Os Senhores da Guerra (1985)
Rafael Nascimento
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