Título – Quo Vadis?
Autor – Henryk Sienkiewicz
Editora – Ediclube – Edição e Promoção do Livro, Lda.
Data de edição – 1994
Data da publicação original – 1895
“Quo Vadis?” do nobel polaco
Henryk Sienkiewicz é um romance histórico que se desenvolve na segunda metade
do século I d.C., reina em Roma o imperador Nero, artista, assassino,
apreciador de bajulação e o homem mais poderoso do maior dos impérios, ou não
fosse Roma o centro do mundo.
Apesar da tragédia inerente aos
tempos conturbados que se viviam então, “Quo Vadis?” relata a paixão de
Vinicius, um jovem patrício e tribuno militar, por Lígia, princesa dos Lígios
(de quem, por associação ganhou o nome), refém do senado romano e filha
adoptiva de Aulo Pláucio, general romano, e Pompónia Graecina, sua esposa e,
tal como Lígia, cristã.
A paixão incontrolável de
Vinicius leva-o a tentar raptar Lígia dos seus protectores, para o qual recorre
à ajuda do seu tio Gaius Petronius, o “Árbitro da Elegância” da corte de Nero,
altamente respeitado, poderoso e favorecido pelo imperador mas que vive a sua
vida como um jogo mortal em que o mais pequeno deslize pode sentenciar o seu fim.
Arrebatada por forças superiores
à sua, Lígia vê-se prisioneira na perigosa e por demais devassa corte de Nero,
de onde consegue fugir com a ajuda de Urso, um gigante Lígio, parte do seu
séquito, que a jurou proteger e que tal como ela abraçou a fé de Cristo.
Livres mas perseguidos, Lígia e
Urso refugiam-se entre a comunidade cristã em Roma, já numerosa à altura mas
clandestina, e perante o seu desaparecimento Vinicius desespera. A trama segue
com a infindável perseguição da jovem pelo desaustinado patrício que por entre
desilusões, traições e quase soluções, percorre também ele um inesperado
caminho espiritual ao chocar de frente com a religião e valores da amada e que
o fazem, à revelia, questionar gradualmente o seu estilo de vida, aquilo em que
acredita e, por fim, a própria Roma.
Um livro bastante vivo,
impressionante até para quem não tem predileção por romances, indispensável
para os românticos, com uma fabulosa e por demais interessante mistura de
personagens reais e fictícias no conturbado e muitíssimo bem descrito/imaginado
império romano de Nero.
Uma obra surpreendente e uma excelente prenda de Natal,
Classificação:
Nuno Soares