Duração:
102min
Director:
Lukas Moodysson
Um filme simples, direto e ao mesmo tempo comovente e
intenso.
Não é a primeira e com sorte não será a ultima vez que Lukas
Moodysson me surpreende e permanece durante bastante tempo no pódio das minhas
recomendações cinematográficas. Agora, Vir är Bast! Junta-se a Lilya 4 Ever na
minha lista de filmes 9/10.
A história centra-se na vida de três raparigas de 13 anos
que, por diferentes motivos, encontram na sociedade uma série de entraves à
liberdade, de injustiças sociais (fazendo a ponte entre aquelas que as atingem
e as de grande dimensão, lembrando-nos que uma pequena má atitude pode gerar no
futuro uma má atitude de grande impacto) e de falta de preocupação com o mundo
que as rodeia.
Bobo é a rapariga pouco sociável, que engole as coisas que a
revoltam e que reflete sobre esses assuntos à procura de explicações e
soluções. Klara é a amiga que a faz agir nessas situações, puxando para que as
coisas mudem na hora; Impulsiva e rebelde vai ser acusada de líder, para o mal
e para o bem. Juntas encontram em motivos do dia-a-dia a necessidade de
expressão através da musica simples e direta do punk-rock. Não sabem tocar mas
a vontade e necessidade de o fazer é tão intensa que o vão fazer. Aliás, no
punk-rock o facto de não saber tocar é um mal menor! Nisto encontram Hedvig, a
menina católica que sabe tocar e que vai tornar esta amizade numa relação de
aprendizagem mutua muito interessante. De um lado, Hedvig irá aprender a
descontrair a viver o momento; Klara e Bobo, para além de aprenderem a tocar,
irão aprender também a aceitar as diferenças e as crenças de cada um.
No fundo o filme centra-se nestas pequenas lições de vida,
salientando aquilo que de melhor o punk consegue reunir, mostrando que este não
morreu e que está bem presente para que, de geração em geração, estas pequenas
bandas, que nada valem para mais ninguém, sejam “The Best”. Relembrando que as
coisas são grandes ou pequenas dependendo da escala que lhes queremos aplicar,
porque para estas 3 raparigas a sua banda era a maior, sem sombra de dúvidas.
Da mesma forma que a minha banda, formada com os mesmos elementos, foi durante
muito tempo a melhor banda, porque era a melhor banda para nós… e acho que
ainda é…!
Diana Laires
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