O karma fatídico dos varões Midões é contado até aos dias de hoje,
desde o primeiro rei berlengueiro, algures no século XII, até D. Lucas Telmo,
no século XX, cruzando os marcos históricos de Portugal. A sua luta pela
independência do arquipélago das Berlengas é uma verdadeira tragédia có(s)mica.
Vemos geração atrás de geração a reivindicar os direitos de nascença,
socorrendo-se dos mais rocambolescos subterfúgios para o conseguir. Uma
verdadeira colectânea de peripécias, testemunhos de coragem louca, sonhos desvairados
e humildes convicções.
Sketch
a sketch, vamo-nos embrenhando nesta
sátira à história nacional e aos seus famosos protagonistas. Momentos non-sense são a alma deste filme, onde
vemos o Astérix a ajudar na fundação do reino de Portugal, uma bacharelada em
beatice com sonhos de uma licenciatura em santidade, o cavalo de Tróia como uma
arma secreta para reconquistar as Berlengas e um chimpazé general! E temos
ainda Mário Viegas desdobrando-se de geração em geração (que nem um Peter
Sellers luso). Um filme com alma de revista, pela mão do realizador Artur
Semedo.
Não precisamos do Black Hadder, não
queremos Monty Python! Deixem-nos ver “O Rei das Berlengas”.
P.S. Vou ser vosso amigo e deixar-vos com o filme!
https://www.youtube.com/watch?v=w4AvYveByhg
Rafael Nascimento
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