Cá vamos nós para mais um futuro
distópico, onde uma classe operária, escravizada por uma elite rica e dedicada
ao deboche, deposita as suas esperanças de um futuro melhor numa profetiza, e
no fim o amor salva tudo (bla bla bla, que história tão batida…) Espera lá… Nos
anos 20 esta história não era batida, era um exercício de crítica social e a
projeção de um futuro opressivo/fantástico, que muito se adequa aos tempos
modernos: o controlo das massas, a opulência das classes dirigentes, o fosso
entre ricos e pobres, o extremismo religioso, a tecnologia de automação, o
amor, cientistas marados, CEO tirânicos...
Podem já ter visto/lido os Hunger
Games, o Star Wars (atentai à primeira aparição de C-3PO), o 1984, o Blade
Runner, o Brazil, o Alien… Eles todos vêm beber a esta fonte, realizada por
Fritz Lang. Um filme de mimos e legendas pelo meio, que cativa pela forma
teatral como as cenas são interpretadas e desenhadas. Uma relíquia que tem o
valor histórico de ser a primeira grande produção de ficção científica, a
semente que todos os fãs deste género cinematográfico deviam conhecer.
Para uma experiência épica sem 3D,
sem dolby surround, sem technicolor, sem voz, na verdadeira essência. O
diapasão pelo qual muitas películas de espaciais e terrenas aventuras se
afinaram.
P.S. Para acompanhar que nem umas belas rabanadas depois do
prato principal, que tal o Blade Runner (1982)?
Rafael Nascimento
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