Os Incorruptíveis Contra a Droga, na
língua de Camões, é um filme chave para entender os modernos filmes policiais.
Em tudo, é o típico filme de
polícias, a dupla de serviço (polícia mau vs polícia bom), um chefe rezingão,
colegas chatos, bandidos estúpidos, malfeitores à medida, perseguições e
tiroteios. A trama do filme desenvolve-se em torno de Jimmy Doyle “Popeye” e
Buddy Russo, dois elementos da polícia de Nova Iorque, da brigada de narcotráficos.
Estes duros perseguem uma pista de uma grande negociata no sub-mundo da droga,
que envolve um finório marselhês, um barão da droga nova-iorquino e um casal
merceeiro…
Um filme cru, que nos coloca neste
microcosmos violento e que se nos afigura como real.
The
French Connection é despido de artifícios, recorrendo ao puro trabalho das
câmaras, com um ritmo oscilante entre vigilâncias insones e perseguições a alta
velocidade por baixo de uma linha de metro apinhada de tráfego. William
Friedkin (realizador de “O Exorcista”) monta uma boa história com
representações memoráveis do durão irascível Gene Hackman e do seu contrapeso
Roy Sheider (o do “Tubarão”). Um filme com 5 Óscares (melhor realizador, melhor
ator principal, entre outros) não é de certeza de menosprezar.
Um clássico estabelecido por mérito
próprio, sabe envelhecer como um bom porto vintage.
Rafael Nascimento
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